PARA LEMBRAR SEMPRE QUEM FOI O MELHOR PREFEITO DE PELOTAS

08/10/2013 10:20

        Irajá Andara Rodrigues tem sido, em Pelotas, o que JK é para o Brasil: um marco da história política e administrativa. Assim como, nacionalmente, guardamos a imagem de um país velho e retrógrado, ante-JK; e a perspectiva de um outro, novo e moderno, pós-JK – no âmbito municipal, temos que considerar o que era a cidade antes de Irajá; e o que foi e tem sido depois de Irajá.

        Antes de Irajá, Pelotas esteve e estava dominada pelas oligarquias do gado e do arroz e por uma aristocracia decadente que alcançara o poder no auge de seu processo falimentar e no desespero da sobrevivência política. Os aristocratas falidos e os oligarcas da produção pastoril eram os “donos do poder” (e já tinham sido desafidos pela eleição e administração de Mário Meneghetti, nos anos 50). Irajá precisou enfrentá-los e derrotá-los com a força da vontade popular, com a capacidade de uma equipe técnica altamente qualificada e com o respaldo de projetos inovadores cuja concretização iria mudar definitivamente a cara da cidade.

        Depois de Irajá, Pelotas nunca mais foi a mesma. Rasgaram-se em todas as direções as avenidas que modificaram inteira e definitivamente o esquema viário da cidade; implantou-se o calçadão, construiu-se a rodoviária, riscou-se o corredor de ônibus do Fragata e pavimentou-se o canteiro central da Av. Bento Gonçalves. Informatizou-se a administração municipal e  reformulou-se o Plano Diretor, de modo a permitir a inclusão de Pelotas no Programa de Banco Mundial, com recursos a fundo perdido. Instituiu-se a Fundação de Planejamento Urbano e Regional de Pelotas e desenvolveu-se o Programa de Planejamento do Transporte e Tráfego de Pelotas. Edificou-se o anfiteatro do Colégio Pelotense, municipalizou-se o Teatro Sete de Abril e criaram-se o Museu e o Parque da Baronesa. A preservação de nosso patrimônio histórico e arquitetônico, bem como a preservação ambiental, passaram a ser preocupações e  obrigações da Prefeitura. Desapropriaram-se terras no Pestano, no Navegantes e em outras áreas, implantando-se novos bairros, com 13 mil novas moradias em lotes urbanizados. A execução do projeto Esperança garantiu 30 mil refeições diárias às crianças de creches e escolas municipais; foi duplicada a capacidade da estação de tratamento de água do Sinotti e instalaram-se mais de 200 quilômetros de canos de esgotos nos bairros e vilas da cidade. No interior do município, através de mutirões, construiram-se cerca de 200 pontes, fundou-se uma cooperativa de produção, e foram estabelecidos o Camping Municipal e a nova estrada para a colônia Z3.

       Depois de Irajá, Pelotas nunca mais foi a mesma. Nunca mais os antigos donos da cidade ganharam eleição. Isso tudo ninguém pode esquecer. E, para que não se esqueça, é que está aqui, documentado em livro, com o testemunho de alguém que, amigo e admirador de Irajá, não pertence ao PMDB.

 

Aldyr Garcia Schlee, outono de 1998   

 

 

Texto retirado do Livro Uma Revolução Urbana em Pelotas disponível na livraria Mundial.

 

 

 

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